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Mostrando postagens de 2020

Valores

Mais uma página do calendário foi virada. Estas últimas semanas foram intensas e de acontecimentos inesperados. Experiências que reforçam o valor à vida e nos aproximam das pessoas que amamos. Eis o essencial: amor à vida.

Atropelo

Desligo a música que me ajuda a distrair. Hoje parece que nem mesmo a música consegue me reanimar. Uma sucessão de coisas ruins me assolam nestas últimas semanas, daquelas em que buscamos explicação mesmo sabendo que não há. Ressurge a necessidade de escrever, como se as palavras fossem um bálsamo para a alma, como se pudessem expressar algo que eu mesma não sei do que se trata. Os olhos marejam enquanto digito os caracteres aqui... Pausa, respiração profunda... Nada. Enquanto essa maré ruim não se afasta, só consigo pensar na falta que a aula de natação me faz. Aquela uma hora embaixo d'água era um dilúvio enérgico nas notícias ruins. Atualmente elas continuam represadas em mim e, talvez, seja por isso que não consigo olhar para frente sem que as lágrimas encharquem meu rosto. As palavras se atropelam e já não me importo. Sigo com essa sensação de atropelo.

Viver com alegria

Esse momento nos fez repensar a vida. O que fazemos é o que realmente queremos fazer? Nos alimentamos corretamente? O trabalho realmente é prazeroso? Estamos construindo uma vida digna? Reflexões difíceis e necessárias. São tempos de reavaliar os valores, recuperar a essência e seguir em frente, sorrindo. Mas sobretudo, fazendo o que nos traz alegria. A palavra é essa: alegria. Hoje é dia de celebrar a vida, simplesmente porque estamos vivos. Viva!!!

Domingo ensolarado

Um domingo ensolarado, céu azul. Deito para observar as nuvens, que se misturam, se fragmentam e sobrevoam apressadas. O tempo passa mais devagar aqui embaixo. Coloco um cd atrás do outro para ocupar o silêncio. Em vão. As lágrimas escorrem. Aumento o volume e deixo as letras invadirem o quarto e a alma. O silêncio grita. Este é um daqueles dias que evito a internet. Queria mesmo era sair para caminhar ou dirigir sem rumo... E só voltar para casa depois de resgatar a paz. Enquanto isso, me deixe aqui, está na hora de trocar o cd.

Lembranças

Esses dias me peguei lembrando das nossas conversas. Desde o tempo que nos encontrávamos diariamente e o riso era solto. Depois você se mudou de cidade e os encontros tornaram-se mais esporádicos, mas ainda eram tardes inteiras de bom papo. Incluindo algumas noites online, para contar as novidades do dia ou da semana... Eis que você se mudou novamente, primeiro para outro país e depois para a capital, nossos encontros ficaram mais esparsos e o riso mais contido. As redes sociais auxiliam nesse processo à distância, mas também geram controversas. Ultimamente sinto que o diálogo se perdeu, já não conversamos mais sobre nós mesmos, mas sobre os outros. As respostas foram ficando mais curtas e os silêncios aumentaram. As lembranças permanecem, sorrio ao recordar das novidades contadas em primeira mão. Sinto muita falta disso, já não sei viver só de lembranças.

Reticências

Porquê nos acostumamos a ser deixados de lado? Porquê a indiferença persiste em várias esferas da vida: presencial ou virtualmente? Uma ausência de resposta aqui, outro clique inexistente acolá. Uma conversa incompleta. Um assunto interrompido. Uma mensagem que não chega. Um e-mail sem beijo. Uma fotografia despercebida. Um momento sem registro... Os sinais do cotidiano vão se acumulando nas reticências e a falta de prioridades se confirma nos pequenos detalhes. Estes mesmos detalhes que forçosamente aprendemos a ignorar, acreditando que volta e meia a conexão seja reestabelecida. Aí mora o perigo. O tempo passa, o coração aperta e as reticências permanecem sem resposta.

Aqui dentro

A melancolia se instalou por aqui nesta semana. Chegou sem motivo e sem avisar. As músicas a intensificaram e os dias ficaram mais longos, como se o ponteiro do relógio andasse mais vagaroso. Resolvi não enfrentá-la, mas aceitá-la, pelo tempo que ela desejar ficar. Tenho aprendido a me respeitar mais, compreender o que se passa aqui dentro, sem pré-julgamentos. Me faz reconhecer outros lugares em mim. 

Querer ver

Preciso escrever. É maior que eu, sempre foi. Sinto muito por não ter deixado tudo isso mais claro para você. Você que é tão importante na minha vida. Surgiu no trabalho, me encantou aos poucos e as histórias se aproximaram. Desde sua primeira saída do país, percebi que já não sabia mais viver sem tê-lo por perto. O sentimento cresceu, se instalou, mas a timidez sempre prorrogava as palavras que gostaria de dizer. Acreditava eu, que meus olhos fossem mais transparentes.  Ingenuidade minha, não vou negar.  Os momentos passaram, a distância aumentou, mas sempre havia a esperança do reencontro. E no meio disso tudo a incerteza de que você nunca me enxergasse, sempre se apaixonando por outras pessoas. Me afastava, me reerguia e quando menos esperava, você reaparecia. E aquele sentimento que nunca se dissipou me arrebatava novamente.  Porque nunca verbalizei? Não sei. Porque você nunca me disse com todas as palavras? Me pergunto. Queria tanto poder te encontrar e conseguir falar tudo o que

Sensações

Nem sempre somos compreendidos. Carrego sempre comigo essa sensação de que deixei algo por dizer. Como se as palavras não encontrassem seu verdadeiro destinatário. Ou ainda, como se o óbvio não fosse tão sutil assim ao olhar do outro. O olhar... como faz falta. Esse recurso tão simples que é capaz de decifrar oitenta por cento de tudo e me poupa do esforço que é tornar claro algo que nem eu sei expressar. Tudo isso que se passa aqui, não faz sentido aí? 

Páginas da vida

Abri esta página hoje, mesmo sem vontade de escrever. Os pensamentos voam, divagam, tudo está confuso... As ausências machucam, mesmo no mundo digital. É que quando você não aparece, me sinto inútil e, justamente neste momento, não me reconheço. Não sou feliz quando fico a esperar. Não sigo leve quando quero apenas ser vista. Não quero seguir assim, nessa espera angustiante. Chegou a hora de virar a página, mesmo sem saber se virá um novo capítulo ou um livro novo.

Por vir

Este período de inquietações, permitiu muitas reflexões. Entre estas, novas possibilidades profissionais. Daqui em diante, ninguém sabe como será o "novo". Só sei que quero me dedicar a diminiuir as desigualdades. A começar pelo meio onde vivo, meu bairro, minha cidade. Um passo de cada vez e outras ideias virão. Não quero viver com mais, enquanto tantos outros sobrevivem com menos.

Anseios

Silêncio. Nem sempre está presente. Às vezes pode ser constrangedor. Presenças que inibem o crescimento. Não quero mais viver assim... Anseio por espaços silenciosos. Silêncio que acolhe. Meu espaço, minha paz. Por hora, apenas o desejo da invisibilidade.

Tanto faz

Talvez você não saiba, mas este blog nasceu para registrar as palavras que não conseguia verbalizar ao vivo. Sim, essa dificuldade que a timidez sempre me trouxe. Tanto por dizer e na hora, não consiguia expressar o que gostaria. Durante vários anos foi mais fácil lanças essas palavras ao vento e respirar um pouco mais alivada. Talvez na esperança de que um dia você me encontrasse por aqui e aprendesse a me ler, literalmente. Ainda fico sem saber se isso de fato aconteceu, ou se estas palavras se perderam no vento. A única constatação atualmente é que o vento me trouxe essa sensação de tanto faz... O tempo passou. Os sentimentos mudaram. E tudo se tornou irrelevante. Menos esse desejo de ser encontrada por aqui.

Antes que seja tarde

Não quero alguém que fique ao meu lado por pena. Quero alguém que se orgulhe de quem eu sou. Não quero alguém que me use para gerar ciúmes em outra pessoa. Quero alguém que me assuma por inteira, com manias e defeitos. Não quero alguém que ria pelas minhas costas. Quero alguém que ria junto comigo das bobagens da vida. Não quero alguém que escute minhas histórias só por curiosidade. Quero alguém que queira construir novas histórias comigo. Não quero alguém que não saiba o que quer, só se lembre de mim quando precisa de um favor ou se sente sozinho. Porque eu sei o meu valor e prefiro caminhar sozinha pela vida do que com alguém que não quer me acompanhar. Mas se você estiver disposto a seguir nessa jornada sonhando e redescobrindo a vida, lado a lado, serei eternamente sua parceira em qualquer lugar do mundo, diariamente.

Sem rumo

Retorno aqui. Página em branco, cursor intermitente, rádio ligado. Alguns dias são mais vazios que outros, a angústia teima em se sobrepor. Abro as redes sociais, espio rapidamente e não tenho vontade alguma de prosseguir com a barra de rolagem. Como se a internet, de uma outra para outra, me distanciasse mais das pessoas. Qual o sentido disso tudo, me pergunto. Não encontro resposta alguma. Sequer anseio pela resposta. Acredito que justamente por isso retornei aqui. Já havia pensado nestas páginas dias antes, mas só agora é que surgiu a vontade de lançar essas palavras soltas ao vento novamente. Tenho a sensação de que ninguém me lê. E talvez seja esse o conforto que busco: saber que essas palavras são invisíveis me tornam mais confortáveis de qualquer compreensão. Não espero que ninguém me compreenda. Neste momento quero apenas a liberdade de jogar essas palavras para fora desse coração apertado. E seguir um pouco mais leve, mesmo que sem rumo...

Aquela tal felicidade

Tenho o péssimo hábito de duvidar da felicidade. A mente inquieta duvida que tal benefício seja exclusivamente direcionado a mim e pensa que sempre tem algo misterioso por trás daquela ação. Essa tal falta de confiança muitas vezes me impede de desfrutar verdadeiramente os momentos de alegria, como se após o ocorrido eu precisasse repassar cada fala na memória para tentar descobrir o real motivo de estar feliz (ou pior, me sinta até culpada por me sentir feliz). Talvez seja uma autodefesa, ou simplesmente autossabotagem, não sei. Fato é que quando me dou conta do tempo perdido nessa inquietude volto a ser feliz, justamente porque SER FELIZ é a melhor resposta que posso dar a mim mesma. Continuo aqui, sorrindo discretamente...

À mercê

Tem dias que me sinto meio fora de órbita, parece que nada se encaixa ou faz sentido. Nem as músicas superam o silêncio. É como se a vida me preparasse para algo que está por vir, inesperadamente. Esse sentimento estranho me pega de súbito e é involuntário, surge assim sem explicação e me deixa à mercê do que virá. Como se nada do que eu fizesse fosse capaz de mudar a situação. Me resta como única alternativa apenas seguir adiante e esperar, quase por mágica, o tempo me transformar em algo novo. Sempre ele, o tempo.