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Mostrando postagens de junho, 2020

Aqui dentro

A melancolia se instalou por aqui nesta semana. Chegou sem motivo e sem avisar. As músicas a intensificaram e os dias ficaram mais longos, como se o ponteiro do relógio andasse mais vagaroso. Resolvi não enfrentá-la, mas aceitá-la, pelo tempo que ela desejar ficar. Tenho aprendido a me respeitar mais, compreender o que se passa aqui dentro, sem pré-julgamentos. Me faz reconhecer outros lugares em mim. 

Querer ver

Preciso escrever. É maior que eu, sempre foi. Sinto muito por não ter deixado tudo isso mais claro para você. Você que é tão importante na minha vida. Surgiu no trabalho, me encantou aos poucos e as histórias se aproximaram. Desde sua primeira saída do país, percebi que já não sabia mais viver sem tê-lo por perto. O sentimento cresceu, se instalou, mas a timidez sempre prorrogava as palavras que gostaria de dizer. Acreditava eu, que meus olhos fossem mais transparentes.  Ingenuidade minha, não vou negar.  Os momentos passaram, a distância aumentou, mas sempre havia a esperança do reencontro. E no meio disso tudo a incerteza de que você nunca me enxergasse, sempre se apaixonando por outras pessoas. Me afastava, me reerguia e quando menos esperava, você reaparecia. E aquele sentimento que nunca se dissipou me arrebatava novamente.  Porque nunca verbalizei? Não sei. Porque você nunca me disse com todas as palavras? Me pergunto. Queria tanto poder te encontrar e conseguir falar tudo o que

Sensações

Nem sempre somos compreendidos. Carrego sempre comigo essa sensação de que deixei algo por dizer. Como se as palavras não encontrassem seu verdadeiro destinatário. Ou ainda, como se o óbvio não fosse tão sutil assim ao olhar do outro. O olhar... como faz falta. Esse recurso tão simples que é capaz de decifrar oitenta por cento de tudo e me poupa do esforço que é tornar claro algo que nem eu sei expressar. Tudo isso que se passa aqui, não faz sentido aí?