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Mostrando postagens de abril, 2010

Do que não foi

Às vezes sinto como se tivesse perdido minha alegria, o bom humor e as gargalhadas em algum canto escuro. Sei que eles ainda estão presentes, dentro de mim. Quero expressar tudo que sinto no momento exato em que gostaria. Não mais conviver com essa sensação de "pós": o vazio de não ter dito com todas as palavras em alto e bom tom, a ausência da fotografia, o não-abraço, a alegria de estar a seu lado não expressa... E depois sentir saudade do que não foi. Sim, os assuntos se acumulam, o tempo em que estamos juntos parece nunca ser suficiente, porque há muito a dizer (mesmo sem palavras). E o amor? Esse também acumula e faz meu coração transbordar silencioso!

Existe... e é tudo

"Há doenças piores que as doenças, Há dores que não doem, nem na alma Mas que são dolorosas mais que as outras. Há angústias sonhadas mais reais Que as que a vida nos traz, há sensações Sentidas só com imaginá-las Que são mais nossas do que a própria vida. Há tanta cousa que, sem existir, Existe, existe demoradamente, E demoradamente é nossa e nós... Por sobre o verde turvo do amplo rio Os circunflexos brancos das gaivotas... Por sobre a alma o adejar inútil Do que não foi, não pôde ser, e é tudo. Dá-me mais vinho, porque a vida é nada." - Fernando Pessoa -

Outros voos

Encontros desencontrados... Tentando me encontrar em você, eu me perdi. Por não mais reconhecer-me é que cheguei a esta difícil conclusão temporária: desencontrar-me de ti! Relutei sim. Mas o coração precisa respirar, lentamente. Em paz buscar a própria alegria. Sustentar-se. E então, compartilhar o que há de mais bonito. Sincero reencontro. Por favor, não se aflija! Minha ausência não representa mudanças de sentimentos. É justamente porque o amo que preciso me sentir inteira. Serão outros voos. O desejo: sorrir com a alma! Pra inspirar! Das coisas mais bonitas...

Simplicidade

Ansiedade e momentos de paz. Lado a lado. Momentos surpreendentes. Palavras trocadas. Ausência de novidades. Sorrisos e abraços. Coração e pensamentos acelerados. Relógios em ritmos distintos. Inquietações. Música para dormir. A arte do encontro. Simplicidade e alegria da companhia!

Adeus, meu melhor amigo!

Tive a árdua tarefa de escolher entre mais de 25 amigos e seus respectivos olhares implorando por carinho. Mas você chegou de mansinho e me conquistou desde o início. Sereno, carinhoso e atento. Observava cada detalhe e foi um companheiro daqueles. Especial e único! Chegou em meu aniversário de quinze anos e trouxe consigo alegria pra esta casa. Brincou, cresceu, passeou de carro, viajou. Se aconchegava e tomava posse dos lugares: embaixo da cama, em cima do sofá, no corredor ao lado do telefone, a varanda da casa de praia, a janela do carro. Conquistou seu espaço e também todos à sua volta. Fazia festa várias vezes ao dia, expressando sua maior alegria por alguém ter voltado pra casa, mesmo que a ausência fosse por apenas cinco minutos. Seu rabo não nos deixava enganar... Assim como não se enganava quando alguém precisava de colo. Ele estava ali, ao lado, para o que der e vier. Ouvia tudo calado e depois sorria com os olhos, meigo que só. E a verdade é que ninguém resistia àquele