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Mostrando postagens de setembro, 2008

Da alegria da primavera

"Metamorfose dos encantos Encaixe dos sentimentos Delicadezas se ondulam em flores Nas asas da imaginação Seu sorriso, meu disfarce Me perco no equinócio do seu florescer Num canto bem adubado do meu coração Outra semente germina Pulula em vida pós-inverno De begônias e hortênsias Ornando meu caminhar. Quem hibernou, involuntário Ao saltar para a primavera Encontra suave brisa A refrescar a tez acalorada febrilmente. Enfim vitória de uma semente É primavera chegando A esperança renascendo O colorido tingindo O caminho do passante Desencasula... para a vida Desacrisola... para a maturidade As forças da natureza me deixam em êxtase Momento de recomeçar Floreça em mim a primavera de minh'alma As lágrimas transformem-se em suave brisa Ou num orvalho manso a regar meu coração... Estação das flores dentro de mim, Reaja ao inverno sequioso dos sonhos meus E brotem novos sonhos Novas forças, Nova vontade de sonhar. Caminho lentamente, mas com firmeza Esqueço o que doeu Apago o traço d

Da boa companhia

Lembranças de bons momentos nunca são excessivas. E minha mente não pára. Saudade: das brincadeiras de rua até tarde da noite, dos pega-pega e dos pulos de corda, dos passeios de bicicleta, das férias na praia e na casa dos primos, dos antigos jogos de video-games, das brincadeiras no quintal, das piscinas de plástico, das músicas tocadas na vitrola do avô, do colo de mãe, dos brinquedos dos irmãos. Dos papos da turma do fundão, dos aviõezinhos de papel, dos apelidos da escola, das risadas na volta pra casa. Dos treinos de volei, dos jogos no fim de semana, das corridas diárias na pista de atletismo, dos papos malucos na van entre um jogo e outro, dos alojamentos dos jogos, dos uniformes coloridos, das cartas escritas à mão, dos longos abraços. Do quarteto inseparável da facul, das aulas de projeto de arquitetura, dos almoços de sábado, das viagens de estudo, das conversas no corredor, da troca de experiência com os professores, dos desenhos e das maquetes, dos churrascos, da festa de

Psiu!

"...Não me deixe só Eu tenho medo do escuro Eu tenho medo do inseguro Dos fantasmas da minha voz..." Psiu! A cada instante, sinto não estar tão perto, é por você que eu abro os olhos a cada amanhã. Te carrego na memória, no sonho e no peito! Continuo aqui, talk to me!

Sombra sem fim...

Este processo de auto-reconhecimento não tem sido nada fácil em meu dia-a-dia. Esta busca pelo que existe aqui dentro tem me deixado exausta, por dentro e por fora. E tudo porque já não há tanta alegria pelo caminho, ou melhor, não a encontro mais neste indo e vindo. E resta apenas a chatice de um trabalho comum, quase imperceptível. É isso! A sensação que carrego comigo ultimamente é a de que realizo um trabalho invisível, sabe? Imagino que todo mundo conheça alguém em seu meio que quase-não-está-ali, pois não se torna visível aos olhos, ou, estes mesmos olhos fingem não haver tal presença. Este não-encontro pode muitas vezes ser proposital ou simplesmente pura falta de percepção da existência do outro e de sua importância para o todo, mas há milhares de outras justificativas que não cabem neste espaço, pelo tempo, pelas palavras e pela minha costumeira falta de coragem. Pois bem, tudo se torna insuportável dentro dos limites cabíveis, quando esta tal "pessoa-sem-sombra" da

Espera

Inquietudes e palavras de Cecília Meireles... "Sala de espera Uma roda dourada trinca o silêncio. Trinca a tarde, debaixo do cristal. Trinca o tempo, dentro da tarde. E deixaram um cinzeiro vazio. Ontem, o mês passado, há dez anos... (Agora há outras nuvens; temos outros olhos.) Quem espera? Qual delas espera, das inúmeras, das que todos apontam, das que nem eu conheço? E há uma sala vazia. Foi uma casa, foi uma rua, foi uma cidade inteira. Foi o mundo todo, lá onde era a vida. A quem se espera? Há os vivos, há os mortos. Mas quem pode chegar? Quem chega, jamais? Não, apenas batem os relógios. Mas tudo está mesmo vazio."

Em vão

Hoje o silêncio me incomoda. Dias esses em que há vontade de estar bem longe, desfrutanto o barulho delicioso das gargalhadas. Mas o sorriso não está presente neste rosto, onde apenas os olhos cansados mentem dia e noite a dor que se instalou aqui dentro e me sufoca. Resultado dessa angústia - cabeça encostada no travesseiro, lágrimas a cair e corpo que não adormece. Os pensamentos? Estão por aí, vagando, procurando explicações, em vão. Espero apenas que o retorno seja breve e eu esteja mais leve, ao menos para lhe receber com um sorriso. Enquanto isso, lembro-me dos cliques, dos passos, dos abraços e de seus olhos, que já não consigo mais encontrar...
"Às vezes você sente que não esteve nos momentos mais importantes de sua vida, embora até mesmo fotografias digam o contrário?" * Esta interrogação somada às letrinhas aí em cima, cutucaram fundo aqui dentro!